muita gente vai querer arrancar minha carótida a dentadas, mas, em geral, classifico gente que tem cahorro em apartamento entre os tipos que menos respeito têm pelos seus semelhantes.
como diria jack, o estripador, vamos por partes:
1) cocô. infelizmente, ainda é exceção o sujeito levar um saquinho para catar o cocô do seu estimado totó. das duas uma: 1) ou o cara que faz isso nunca pisou em cocô na rua, ou 2) não se importa de entrar com o sapato cagado em casa. qualquer uma das opções é porcaria. essa é a mentalidade da lei de gérson. levar vantagem em tudo, certo? farinha pouca, meu pirão primeiro. e danem-se os outros.
2) latidos. é a mais pura falta de respeito obrigar os outros a escutar em casa a sinfonia de latidos. quando eu morava na casa da minha vó, tinha um camarada que sempre quando saía ou limpava a casa, deixava o "cóqui ispénel" latindo na varanda. e o bicho se esgoelava a tarde inteira, sem intervalos. até pensar ficava inviável nestas condições. e ninguém fazia nada. e ganha um doce porque as bestas fazem um escândalo toda vez que se toca uma campainha?
3) ruído no assoalho. essa só entende quem já teve vizinho de cima dono de cachorro. é um tique-tique-tique na sua cabeça a qualquer hora do dia ou da noite. pior do que barulho de salto alto. sempre lembrava isso à minha ex quando ela reclamava do vizinho de baixo botava a casa toda pra tremer no último volume do home theatre nos fins de semana.
4) cheiro. dentro de casa ou no elevador. sem mais comentários.
antes de sofrer linchamento, só gostaria de lembrar que não tenho nada contra cachorros. gosto deles e eles, normalmente, de mim. e por respeitá-los é que acho judiação e egoísmo mantê-los em apartamentos. é igual a ter passarinho em gaiola. cachorro precisa de espaço.
sem falar na grana de manutenção, que poderia ser melhor empregada na ajuda dos necessitados da sua própria espécie. até porque são eles os bárbaros que descerão dos morros para ameaçar a tranqüilidade burguesa da classe média criada a toddynho. na qual eu me incluo.