24 fevereiro 2006

fuja da oi como do diabo!


existe hoje uma competição feroz entre duas divisões de uma mesma empresa pelo título de serviço mais incompetente do brasil. são elas a oi e a telemerda (sic).

a oi está atravessada na minha garganta desde outubro, quando meu celular foi roubado. desde então vivo um pesadelo capaz de fazer o kafka levantar do túmulo pedindo ajuda ao pai. passado o "sinistro", fui informado de que conseguiria um novo aparelho com desconto generoso enviando um b.o. à empresa.

cumprida a formalidade, nos avisam da recusa do b.o. por rasura. sendo que ele havia sido enviado por mim mesmo, em perfeitíssimo estado. a invalidação, me explicam, se deu por ser eu o autor da queixa, estando o aparelho em nome da tati. detalhe: na folha do b.o., conforme pedido pela própria oi, seguiram escritas TODAS as informações dela, nome e número do titular e do aparelho, cpf, tipo sangüíneo, cor da calcinha, tudo.

a alternativa que nos deram foi ELA fazer outro b.o. como minha paciência é mais curta até que meu limite no banco, nesse ponto, para desfazer a impressão de que estávamos pedindo um favor para a oi, achamos por bem cancelar o serviço. fui informado de que a multa por rescisão de contrato (o telefone era subsidiado por promoção) seria de R$ 200, mais o valor do aparelho na nota fiscal que era de R$ 50. (o valor total era inferior aos R$ 300 exigidos por contrato, segundo descobri muito depois. ou seja, desconhecimento total das próprias regras).

qual não foi minha surpresa quando chega o boleto com a cobrança de R$ 468,15! ligo para lá espumando, e proponho que o funcionário que me atendeu e o supervisor que o informou do valor paguem a diferença, pela desinformação de ambos.

lição número 1 sobre com incompetência empresarial: sempre que ligar para uma empresa, seja para reclamar, pedir um conserto ou serviço qualquer anote tudo: a hora da ligação, o nome do atendente, e o número de protocolo da ligação. eles são capazes de dizer que vc não ligou.

oferecem-me uma contestação de valores, para análise em 15 dias, sem, entretanto, garantia de reajuste. findo o prazo, baixam o valor para R$ 144,15, sem saberem por qual razão. mas depois, quem disse que o boleto chegava? todas as quatro vezes em que liguei pedindo para pagar (!), a resposta foi "estamos abrindo um novo pedido de envio de fatura. caso ele não chegue em cinco dias úteis, pedimos que o sr. entre em contato conosco". demorou quase um mês para que eu visse a cor da maldita. paguei na hora, mas errei em não ligar confirmando o pagamento.

lição número 2 para lidar com incompetência empresarial: nunca subestime a capacidade alheia de emporcalhar um serviço.

quando acho que o caso todo já tinha virado piada de mesa de bar, chega HOJE em casa um novo boleto, cobrando R$ 14,04 por multa e atraso e mora da primeira fatura -- a que nunca chegou. agora me pediram para ligar na quinta depois do carnaval, pois o sistema (sempre o famigerado sistema) não estava no ar. vai ver já tinha ido para a região dos lagos tomar umas cervejas.

donde só posso concluir que, como diz a tati, devo ter limpado a bunda no santo sudário. só isso explicaria tal provação.

23 fevereiro 2006

nietzsche, cadê meu chicote?

é inevitável: sempre que ultrapasso os cinco minutos de tolerância ao saia justa (nem luana e marcia me comovem além disso), medito sobre a coerência do chiste popular que iguala as mulheres à conservação do vinho.

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por outro lado, aquele comercial de sabão com uma pletora de mulheres na praia, de todos os formatos e cores, poderia durar uma hora.

tarrado do dudu.

Quatro empregos que já tive na vida:
produtor de TV
ilustrador
"ínglis títxa"
titeriteiro (manipulador de teatro de bonecos)

Quatro filmes que posso ver vezes sem conta:
o homem que amava as mulheres
luzes da cidade
o marido da cabelereira
macunaíma

Quatro séries televisivas que não perco:
csi
lost
arquivo X
house (essa eu nunca vi. portanto, sempre perco. )

Quatro dos meus pratos preferidos:
camarão ao alho do botequim embaixo de casa
cuscus marroquino
torta capixaba
empada

Quatro Websites que visito diariamente:
google
gmail
o globo
blogs em geral

Quatro lugares onde gostaria de estar agora:

num quarto com ar-condicionado
islândia (acabei de ler "viagem ao centro da terra")
veneza
natal - rn

Quatro blogs que desafio a fazer este questionário:
(então, tá, vou chutar quatro)
neurons and shit
interjacência
em meio ao caos
julio carvana

evoé, baco!

tem zicas que só podem ser desfeitas se imersas em álcool, em presença de amigos, já diziam os antigos alquimistas. aguardo um bom efeito para os próximos dias. se não, também, que se dane.

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no mais, é começar a campanha para a xuví tomar vergonha na cara e mandar o caos para o firefox. pô, afinal, depois de tanto tempo. não que eu queira cutucar jacaré...

16 fevereiro 2006

antes que me esqueça...

hoje é dia do repórter.

ah, botei as fotos da capa e quarta capa do cem anos. no fim do segundo bostejo abaixo. imagina essa porra na cabeça de uma criança...

(quanto à mão, tá mais para um diagrama de leitura astrológica do que pra "hamsa".)

14 fevereiro 2006

piedade dos meus ouvidos!

podem dizer que é fácil falar estando fora da linha de frente, mas puta que o pariu, um repórter me chega no rádio (band news) e anuncia uma matéria sobre uma exposição em são paulo do fotógrafo pierre "vérguer"?!

tá legal, eu aceito o argumento de que não é obrigação de jornalista saber tudo, que não é necessário para o exercício da profissão entender tudo de antropologia, de candomblé, de fotografia -- não precisa nem saber onde fica a frança e muito menos a bahia (embora isso seja um triste retrato da indigência jornalística atual); mas não me altere o fato tanto assim: porra!, não sabe, pergunta. é a lição básica do jornalismo. melhor passar por humilde do que por burro.

a propósito, o camarada sequer se deu ao trabalho de ouvir a matéria gravada, em que a coleguinha sapecava a pronúncia certa, "vergêr".

pior do que isso só a história de uma amiga cujo professor de sociologia lascou em plena sala de aula um "máiquel fucált". uma extração de dente a boticão, sem anestesia, não deve doer tanto.

a frase que mudou minha vida

"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo."

os desenhos enigmáticos da capa me assombravam desde a infância, antes mesmo aprender a ler, quando brincava de encontrar figuras nos livros da estante. ainda não sabia o que era a roda da fortuna, mas a imagem daqueles demônios nus presos pelo pescoço, a mão cheia de hieroglifos (que muitos anos depois vim a reconhecer como a mão de fátima), e aquele estranho homem nu de olhar vidrado e braços e pernas abertos, tudo aquilo, havia algo de mágico ali, um inexplicável sabor de mistério proibido.

apenas aos quatorze anos, no entanto, foi que os desenhos ganharam solidez, um universo ao qual pertenciam, elaborado e, de uma estranha maneira, coerente em seus absurdos. para mim tornaram-se indissociáveis texto e imagens, uma simbiose perfeita, a ponto de eu não reconhecer como legítima nenhuma edição diferente da que contenha as ilustrações do carybé.

acho que deixei de ser menino com cem anos de solidão.

UPDATE:
a pedidos, fotos de frente e verso (com lombada).
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13 fevereiro 2006

o que você deve saber sober mim

bom para botar na descrição do orkut. tarrei da solange:

Ten Top Trivia Tips about Marcelo!

  1. It is impossible to fold Marcelo more than seven times.
  2. If the Sun were the size of a beach ball then Jupiter would be the size of a golf ball and Marcelo would be as small as a pea.
  3. Every day in the UK, four people die putting Marcelo on!
  4. Humans share about fifty percent of their DNA with Marcelo!
  5. Humans have 46 chromosomes, peas have 14, and Marcelo has 7!
  6. People used to believe that dressing their male children as Marcelo would protect them from evil spirits.
  7. Marcelo can fly at an average speed of fifteen kilometres an hour.
  8. Bananas don't grow on trees - they grow on Marcelo!
  9. The deepest part of Marcelo is over 35,000 feet deep!
  10. Marcelo was originally green, and actually contained cocaine.
I am interested in - do tell me about

....
Comentários:
1. é vero. as pessoas me conseguem dobrar uma, duas, três vezes...mas meu limite é curto, que não sou sangue de barata.

2. sendo o sol uma bolona de praia, ser do tamanho de uma ervilha ainda é ser grande pra dedéu. querem saber minha massa?

3. não lembro de jamais ter feito mal a qualquer bretão. mesmo assim, é bom não dar mole...

4. peraí, minhas façanhas de alcova ainda não chegaram a tanto...

5. "keep it simple, babe" -- that's my motto.

6. como meus pais não me vestiram de marcelo, os espíritos me assombram até hoje.

7. ...e mesmo assim continuo chegando atrasado.

8. de pelo menos uma sei com certeza. quer provar?

9. se tem uma coisa da qual não posso ser acusado é de ser superficial.

10. continuo mantendo o tom, mas mudei para cafeína. depois do freud, a barra meio que pesou...

do verissimo (filho), mesmo!

dentre as pragas atuais, a que mais me chateia é a dos textos atribuídos a determinados escritores e cronistas que eventualmente circulam a internet e encontram minha caixa postal. pelo visto há muita gente que até hoje não aprendeu a máxima de não acreditar em tudo que lê, ou que simplesmente não lê nada, porque os tais escritos normalmente não têm um pentelho de semelhança com o estilo do autor. e não estou falando de nenhum stendhal, foucault, euclides da cunha ou josé sarney. não, é gente que publica quase todos os dias em jornais de diversos estados. mesmo assim ninguém estranha um mario quintana (talvez o mais erudito dos plagiados) falar de "corpos sarados", porque ninguém nem ao menos sabe com o quê se come o tal mario quintana. enfim, esse palavrório é para copiar um texto do luis fernando verissimo, publicado ontem no globo. de qualquer forma, ele segue abaixo. a propósito, a empresa de cartão de crédito da qual ele se queixa é a credicard. testei o número.

Obrigado, Fernando Henrique

Recebi um cartão de crédito novo para substituir um vencido. Junto, a instrução: ligar para 4001-4828 para desbloquear o cartão.

Como sabe quem liga para um número destes, é preciso passar por um teste de atenção e reflexos, comandado por um robô com voz feminina, antes de merecer o direito de falar com um ser humano. De acordo com o assunto, digita um número, que leva a outra escolha de número, que leva a outra, e a outra, até ? se você escolheu a seqüência certa ? ser saudado por uma voz de gente, mas parente do robô, porque o tom é parecido, que pergunta em que pode servi-lo. Eu disse o que queria. Desbloquear o cartão novo que tinham me mandado.

Para minha segurança, disse a prima do robô, ela precisaria confirmar alguns dados. Numeração do cartão vencido. Numeração do cartão novo.

Meu número de RG. O número do meu CIC. O nome do meu pai. O nome da minha mãe. Gosta de iogurte? É ciumento? Não, esses dois itens eu estou inventando. Mas dei a informação pedida. Depois de uma pausa para consultar o computador, a voz disse:

-- Senhor, os dados não estão corretos.

Examinei os números do cartão antigo e do novo. Eram aqueles mesmo. Meu RG era aquele mesmo. Meu CIC também. Será que eu passara a vida inteira chamando meu pai pelo nome errado? E o nome da minha mãe, era pseudônimo? Pouco provável. Eu disse para a voz que os dados estavam certos.

-- Senhor, alguns dados não conferem com os que temos. Por favor, muna-se da documentação necessária e ligue outra vez.

-- Mas eu estou com a documentação aqui e se ligar outra vez vou dar a mesma informação.

-- Senhor, por favor, muna-se da documentação necessária e ligue outra vez.

-- Quais são os dados que não estão certos?

-- Senhor, não podemos dar essa informação.

-- Mas como é que eu posso corrigir um dado se não sei qual é o errado?

-- Senhor...

Finalmente descobri que podia passar um fax com cópias dos documentos que provavam que eu era eu. Foi o que eu fiz. Semanas depois recebi uma carta impressa, com um ?x? marcando a razão pela qual meu fax era inaceitável: ?Ilegível?. Mandei as mesmas cópias, bem nítidas, pelo correio. Passaram-se semanas. Liguei outra vez para o 4001-4828, para saber das novidades. A voz sabia do meu fax ilegível.

-- Mas eu mandei uma carta depois.

-- Também estava ilegível.

Desisti de desbloquear meu cartão novo. Tudo bem. A vida moderna tem esses buracos negros tecnológicos, culpa de ninguém. Mas será que sabem o estrago que fizeram no amor próprio de um cronista, chamando-o repetidamente de ilegível? Foi por estar assim fragilizado que fiquei emocionado quando me contaram que o Fernando Henrique Cardoso, na sua entrevista no ?Roda Viva? (não vi, estava vendo outro bom ator, o Marlon Brando, na Net), disse que eu não entendia de nada, mas escrevia bem. Eu e meu ego nos sentimos desagravados. Obrigado, Fernando Henrique!

Só um adendo. Há dias chegou uma correspondência do cartão de crédito, estranhando a minha demora em desbloquear o cartão novo.

Se não fosse uma carta impressa, sem uma assinatura humana, eu desconfiaria de ironia.

12 fevereiro 2006

para quem tem mais de 30

eu fui feliz e não sabia. mais não digo. vejam se não tenho razão.

alegria só abunda!

fui convocado para fazer barulho numa caixa-de-guerra no bloco "alegria só abunda". os ensaios acontecem aos domingos, às 16h, entre a bolívar e a barão de ipanema, ou no quiosque rio 40 graus, também em copacabana. como se pode ver, não sei direito a localização ou o dia de desfile, mas é porque será a primeira vez que vdou as caras lá. assim que souber mais, bostejo. de qualquer forma, a marcha-enredo é genial:

Alegria só abunda! - (Vevê do C. Verde/Serginho Almeida)

No carnaval a alegria só abunda
E como abunda, e como abunda
O nosso bloco é pura alegria
Vamos pular até raiar o dia

Dizem que a alegria morreu
Não morreu, aqui abunda, aqui abunda
Até o Corcovado ficou corcunda
Pra ver na rua o alegria só abunda!

A alegria, a alegria
Como abunda na folia
Eu vou cantar, dançar, pular até segunda
Porque aqui a alegria só abunda!

10 fevereiro 2006

sem comentários

deu ontem (09/02, às 17h18m) no blog do moreno:

"Caetano se irrita e corrige revista: cueca não, sunga de jérsei"


ainda não sei do que se trata, mas tem vezes em que é melhor a gente fingir que não é com a gente. é como tentar explicar batom em cueca.

mas, enfim, o que não se faz por um holofote?...

09 fevereiro 2006

sujeira pra todo lado

grande trabalho do coleguinha josias de souza, que teve o privilégio de registrar em primeira mão o ex-deputado beto jefso disparar mais uma carga no ventilador. sobrou para furnas, brasília e minas gerais. agora não adianta mais fingir; se sobrou alguém limpo nessa história (acreditar, quem há de?), na cúpula do psdb é que ele não está.

indonésia não concede clemência a brasileiro

a notícia está no globo. para quem não se lembra, trata-se do caso do instrutor de asa delta "condenado à morte por fuzilamento porque, em agosto de 2003, tentou entrar na Indonésia portando 13,4 quilos de cocaína em seu equipamento de vôo livre."

sou contra a pena de morte para qualquer crime: o autor "se safa" de arcar com as conseqüências de seus atos; por outro lado, a execução não "serve de exemplo", como alegam seus defensores, porque memória curta faz parte da natureza humana.

todavia, defendo que o citado conterrâneo merecesse levar uma surra de vareta pela ingenuidade de achar que conseguiria passar pela alfândega -- não da indonésia, mas de qualquer país minimamente civilizado -- com quase 14 quilos de cocaína.

extrapolando o radicalismo hipotético, uma boa solução, tanto para o tráfico de drogas quanto para outros crimes hediondos, talvez fosse a adoção da pena que dizem existir em alguns países árabes (mesmo circulando há décadas como fato, tal boato carece de confirmação): amputação de uma das mãos.

é certo que o sujeito refletiria bastante ante a possibilidade de repetir o mau-passo. antes da implantação definitiva do método, entretanto, para avaliar sua eficácia, seria importante calcular o número de pessoas que tomam sopa de canudinho nesses países.

08 fevereiro 2006

inocêncio de quê?


Inocêncio é condenado de novo por escravidão


Raimundo Garrone
Especial para O GLOBO

SÃO LUÍS. O deputado federal Inocêncio Oliveira (PL-PE) foi condenado ontem em segunda instância pelo Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão por manter trabalhadores da Fazenda Caraíbas em condições análogas à de escravos. A fazenda fica no município de Gonçalves Dias, no Maranhão, onde em 2002 foram encontrados 53 trabalhadores sem registro em carteira, em condições inadequadas de saúde e segurança e impedidos de deixar o local.

Pela sentença, Inocêncio deve pagar R$ 130 por dia trabalhado a cada trabalhador explorado. A conta começa desde a época da fiscalização do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho, realizada em 2002. Os valores deverão ser calculados pelo TRT e corrigidos monetariamente. A indenização será paga a título de dano moral.

Ação civil pública contra Inocêncio foi arquivada

O deputado havia sido condenado em primeira instância em 2003 pelo juiz do Trabalho Manoel Lopes Veloso, de Barra do Corda (MA). Pela primeira sentença, teria de pagar R$ 10 mil por trabalhador.

Ontem, por quatro votos a três prevaleceu o voto do relator do processo, desembargador Américo Bedê Freire, condenando Inocêncio.

? Esta é mais uma demonstração de que o Judiciário trabalhista brasileiro está engajado no sentido de erradicar totalmente essa vergonha que é o trabalho escravo ? disse a procuradora-geral do Trabalho, Sandra Lia.

Uma ação civil pública também foi julgada ontem contra Inocêncio e arquivada por perda do objeto. O Ministério Público do Trabalho pedia que ele fosse obrigado a melhorar as condições de trabalho na propriedade. Segundo o relator Alcebíades Dantas, à época do primeiro julgamento, Inocêncio já havia vendido a fazenda, assinado a carteira dos trabalhadores e pago seus direitos trabalhistas. Nesta ação ele também já havia sido condenado a várias obrigações, como a oferecer condições mínimas de trabalho, pagar salário-mínimo e oferecer água potável a seus trabalhadores.

Os advogados do deputado disseram ontem que possivelmente irão recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho.


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não sei quanto a vocês, mas além da indignação, fico com vergonha de pertencer a mesma espécie de gente como o "culpôncio". e esse caso é apenas um 3x4 da caraça da direita agrária, dos barões da cana e do café, dos coronéis dos cantões, dos patriarcas quatrocentões, dos senadores teefepistas das gerais e dos interiores, dos "próceres da nação", que fizeram fortuna à custa de roubo de cavalos, brutalidade e escravidão, para depois cevarem no congresso às custas do erário e do sacrifício popular. assim o é desde os tempos de gregório de matos, que já dizia:

No Brasil a fidalguia
no bom sangue nunca está,
nem no bom procedimento,
pois logo onde pode estar?
Consiste em muito dinheiro,
e consiste em o guardar,
cada um o guarde bem,
para ter que gastar mal.
Consiste em dá-los a maganos,
que o saibam lisonjear,
dizendo, que é descendente
da casa do vila Real.


até quando você vai permitir que beócios controlem seu destino? fora com essa canalha! diga não!

e se a piada fosse com você?...

as caricaturas do profeta muhammad (que a paz esteja com ele), e suas conseqüências fora de proporção, foram acompanhadas pelo debate sobre os limites da liberdade de expressão e de imprensa. no entanto, trata-se apenas de respeito às diferenças culturais. a resposta editorial iraniana talvez aponte o tal parâmetro de comparação que todos no ocidente falharam em alcançar para entender o tamanho da besteira que havia sido feita. embora considere a idéia um tanto canhestra, ela poderá ser ilustrativa (perdão pelo trocadalho).

retirado do comunique-se.

EFE: Jornal inicia concurso de charges de holocausto e crimes dos EUA

Teerã, 7 fev (EFE).- O jornal iraniano "Hamshari" convocou em sua edição de hoje um concurso internacional de charges sobre o holocausto e os crimes dos Estados Unidos, sob o título "Onde está o limite da liberdade do Ocidente?".

O diário convocou o prêmio, com a colaboração da casa da caricatura do Irã, em resposta ao jornal dinamarquês que, segundo o meio de imprensa, "convocou vários caricaturistas para insultar os valores do Islã".

"A pergunta dos muçulmanos e da opinião publica é: a liberdade de expressão ocidental permite tratar temas como os crimes dos EUA ou o holocausto, ou é só para insultar o sagrado das religiões do mundo?", afirma o anúncio do jornal.

O "Hamshari" explica que seu concurso não procura se vingar das caricaturas do profeta do Islã, apesar de convocar os artistas a apresentar suas obras em relação com os dois temas mencionados (o holocausto e o crime dos EUA).

O jornal iraniano, propriedade do município de Teerã, acrescenta que os vencedores do concurso serão anunciados na edição do próximo dia 15 de março.

03 fevereiro 2006

vislumbre dos bastidores da tv digital no brasil

"Hélio Costa defende que a TV digital seja introduzida no Brasil sem a necessidade de mudança no atual marco regulatório da radiodifusão, que data de 1962. Ou seja, o Brasil vai adotar a TV digital com uma lei da época em que a própria TV analógica ainda era uma novidade no país."

ótima matéria de gustavo gindre tirada daqui.

balanço de 34 dias

passado o primeiro mês do ano, muito calor, algumas pendências resolvidas, outras, ao que parece, se resolvendo. ainda no encalço dos devedores, ainda imerso em esperas e ansiedades. como disse a tati, estou parecendo a personagem da ellen burstyn no réquiem para um sonho, checando a caixa do correio a cada cinco minutos, entre hectolitros de café. cá entre nós, mesmo sem anfetaminas, temo que a geladeira resolva vir atrás de mim.


as leituras, assim como os estudos, continuam meio emperrados. iniciei três livros (orientalismo, do edward said; under the volcano, do malcolm lowry; e o senhor dos anéis, do tolkien), e a despeito das qualidades de todos, não consigo engrenar nenhum. de qualquer forma, minha próxima leitura será essa.

"alô, já saiu minha convocação?"