28 novembro 2007

tudo de boa

faz anos que não escuto rádio. com isso, a taxa de atualização do meu gosto musical caiu muito. por exemplo, para eu saber das novidades hoje, só através de trilhas sonoras, dicas de (poucos) amigos, ou algum som captado em festas. mas de forma alguma isso representou prejuízo.

de vez em quando também topo com algum videoclipe na tevê a cabo. quando é homem, dois acordes bastam para saber se mudo de canal. entretanto, essas cantoras tipo jennifer lopez, beyoncé, mariah carey, e as aguileras da vida, esses troços todos, quando aparecem eu até assisto. mas tiro todo o volume. só faço apreciá-las se contorcendo como lagartixas profissionais. porque é isso que elas vendem: libido. não se enganem, a música é apenas a embalagem. e ruim, diga-se de passagem.

mas nem tudo está perdido. há algum tempo venho acompanhando com surpresa a shakira. das que estão na crista da onda, acho ela a única que tem feito uma musiquinha bem decente. além de cantar bem e ter um timbre bastante interessante, ela é um pitéu e possui o único par de coxas capaz de rivalizar com meu fetiche pelo sovaco cabeludo da madonna.

mas antes que as moças torçam seus lindos narizinhos me considerando uma espécie de sátiro babão (tenho certeza que os homens concordarão com cada vírgula do que bostejei), saibam que não estou só: tanto que a moça foi escolhida para cantar a trilha sonora do filme amor nos tempos de cólera, que aliás é bacana (vejam o trailer).

a propósito, o que me motivou a escrever foi o novo clipe dela. dá licença, que eu preciso ir lá dentro apanhar o babador...

24 novembro 2007

paul is not dead, he just smells funny

qualquer fã de beatles mais hidrófobo conhece a lenda de que o paul mccartney morreu e foi substituído por um sósia.

o que, vai dizer que nunca ouviu essa história? experimente digitar paul maccartney is dead no google para ver o que acontece. são mais de dois milhões de páginas sobre o assunto!

as evidências seriam inúmeras, e as pistas estariam espalhadas pela obra dos beatles, desde as capas do sgt. pepper's e de abbey road, até algumas músicas que, tocadas ao contrário, contariam a "verdade". de minha parte, nunca dei ouvidos a tais baboseiras, pela qualidade constante de seu trabalho posterior, e por considerá-las fruto de gente com bem pouca coisa pra fazer.

entretanto, outro dia confesso ter ficado com a pulga atrás da orelha ao ver a foto a seguir:
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dê um clique e repare nas nas costeletas do homem. o verdadeiro sir paul mccartney, cavaleiro da rainha da inglaterra, assumiria os fios de cabelo branco com dignidade. essa tinta acaju na cabeça só pode ser obra de um impostor. socorro!

22 novembro 2007

entropia

a partir do nada, surge a semente em estado de latência, que nasce, cresce, atinge a maturidade, entra em decadência e morre. fim.

temos o privilégio de acompanhar de perto o milagre do ciclo inexorável da vida acontecendo a cada momento, conosco mesmo e com tudo à nossa volta, mas raramente nos damos conta disso.

além do meu próprio, um processo em especial tem me interessado ultimamente. entretanto, mau cientista que sou, a paixão pelo objeto leva-me a alterar os dados, como se interferindo no andamento da experiência eu fosse capaz de evitar os resultados. mas deus não joga dados e jesus não tem dentes no país dos banguelas.

não há força capaz de impedir o destino. por maior que seja o amor. "a única coisa a fazer é tocar um tango argentino", disse o poeta.

e não me venham chamar de cassandra.

11 novembro 2007

louvação

deus salve a nossa senhora da farmacopéia do juízo frouxo.

aqui estou a vossos pés.

como diria o robert crumb, how perfectly goddamn delightful it all is, to be sure.

e o que é esse calor de chocadeira que anda fazendo, minha gente?

10 novembro 2007

quero ser cab calloway

...ou pelo menos, ter seu suíngue.



a animação do leão marinho foi toda feita em cima das imagens do próprio cab dançando.

a noite é uma criança

querido diário, há uma semana ando num ânimo péssimo, dando bronca até para bom-dia, mas ontem tava demais. nem eu estava me agüentando.

a salvação foi caroline café me convidar para a coisa mais legal do mundo, que é jogar conversa fora em mesa de bar. aí percebi o quanto estava com saudade das pessoas.

como não queria ter que pegar condução pra beber, rumamos para o capela. tracei uns oito chopes, que desceram como água. ela repetiu pela pentelhonésima vez que foi ali que madame satã matou geraldo pereira, e mais uma vez expliquei que não tinha sido naquele capela, e sim no antigo, no largo da lapa.

caroline café não estava bebendo, e queria comer alguma coisa láite, depois fazer mercado, faxina, sei lá, essas coisas que as mulheres adoram. então propus que dali seguíssemos para o mercadinho, onde chamamos outros dois outros comparsas de copo, nego véio e gabi.

nego véio levou metade da noite contando suas desventuras com outro amigo nosso para comprar um laptop nos subúrbios de roma, onde césar perdeu as botas. o mercadinho não estava rendendo, e posto que a sede era de anteontem, descemos até o lamas, para ficarmos idem.

lá entornamos mais uma fábula de chopes. mostrei para eles o machado de assis escondido na foto do pulmão que ilustra as costas dos maços de cigarros, e comemos um sei-que-lá à piamontese (ou será à piamontesa? cartas para esse endereço).

na saída, ainda encontrei a maffalda com um gringo a quem ela chamava "gringo", mas que falava português como se fosse gente grande. cheguei em casa sabe-se deus como, desabei na cama de luz acesa e as roupas espalhadas pelo chão.

de manhã fui botar a roupa para lavar e encontrei no bolso da minha camisa um bilhete escrito numa toalha de papel, com a minha própria letra, onde se lia:

por que você acha que só mulher pode ser mãe?

vai entender...

09 novembro 2007

frase pra inglês ver

deu no globo: 'Exterminador do Futuro' tem a frase preferida do cinema. sinceramente, "i'll be back"?

não posso considerar séria uma lista que exclui
- "i've always depended on the kindness of strangers" (um bonde chamado desejo);
- "i'm ready for my close-up, mr. de mille" (crepúsculo dos deuses);
- "it's good to be the king" (a história do mundo).

03 novembro 2007

diálogo de uma tarde de compras

ele - você reparou como era bonita a moça que atendeu a gente? parecia meio oriental, asiática...

ela - não reparei nela, não. só vi as unhas, pintadas de vermelho.

ele - as unhas? nem prestei atenção.

ela - isso mostra bem que você é homem e eu sou mulher.