20 dezembro 2003

depois da morte, à vida!

não sei porque, hoje acordei feliz. tarde, um solzinho frouxo e aconchegante me acorda depois dos dias de chuva e frio. sinto-me até humano.

tomo quase um litro de café, mas felizmente, a tranqüilidade não me abandona. aparece salsão, bota uns discos na vitrola (que nem temos em casa, mas como eu adoro a palavra!...), lemos jornal, conversamos. gabi está na vera, me conta ele.

tento entrar em contato com os amigos, mas os números estão todos no celulari, esquecido ontem na casa de mamã. fico triste por não poder falar com ninguém, mas feliz porque é menos uma tralha para carregar para a praia.

ainda espero um imeio dela, que nem sei se me escreverá, nem sei se me quer. bom, até espero, mas depois que as roupas saírem da máquina, nada mais me prende em casa. apenas, talvez, uma outra trouxa de roupas - há muito que não lavo nada.

mas não é nada disso que eu queria dizer; e sim que, depois de um ano de muito medo de tudo, o casulo se rompe e volto à vida, ao trabalho, ao samba, ao mestrado e às mulheres (não necessariamente nessa ordem).

2003 já vai tarde.