12 outubro 2004

adiós, mestre.

meu gosto pela leitura, teve também o mineiro fernando sabino como grande culpado. não me esqueço da primeira vez que que li suas crônicas - forma de literatura pela qual nutro preferência até hoje - no exemplar do "para gostar de ler" que exibia na capa a ilustração de um pintinho, em referência a um dos textos. além dele (o sabino, não o pintinho), paulo mendes campos, carlos drummond e o urso braga: uma trinca da pesada.

mais tarde, foi com ele meu "encontro marcado" com as dores das transformações da adolescência, e os primeiros vislumbres da maturidade. eduardo marciano foi meu modelo de erros e acertos, uma espécie de grilo falante.

foi também graças ao fernando sabino, ou melhor, de sua filha, verônica, que descobri minha paixão por mulheres narigudas.

e agora ele me apronta uma dessas e se vai, provavelmente ao encontro dos outros três cavaleiros do apocalipse - o já citado pmc, hélio pellegrino e otto lara resende. a freqüência lá em cima está cada vez melhor, enquanto que aqui embaixo...

nesse momento de tristeza (fiquei arrepiado quando ouvi a notícia), deixo uma crônica ainda não conhecida - linda - que ma foi apresentada pela tati (linda também).