estava eu em lorena (sp), fazendo a contra-regragem da tati arrumando sua vida bancária; enquanto ela digitava os números que iam engolir o dinheiro que ela não tem (é até covardia falar da minha penúria), meu olhar vagou de bobeira pelo ambiente, até parar no logo do caixa eletrônico: diebold. para quem chegou agora, a mesma firma responsável pela apuração da eleição ianque, citada abaixo. além de alegar liderança no setor de automação bancária, a empresa também produz a nossa velha conhecida urna eletrônica.
então, vamos recapitular: 1) uma das duas únicas empresas responsáveis pela apuração dos votos nos estadozunidos também produz as urnas eletrônicas de lái e daqui. só que lá, a geringoça não oferece canhoto do voto (aqui, sim), e por isso, foi proibida em uma porrada de estados, já que seu sistema era tão inviolável quanto bangu 1. 2) a ficha corrida da cúpula da companhia é de fazer o fernandinho beira-mar corar de vergonha, e uma das várias condenações do presidente da companhia, jeff dean, foi por instalar um backdoor no software das urnas (permitindo assim acesso ao sistema, e capacidade para alterá-lo, mesmo depois de implantado). 3) a empresa que produz as urnas estadozunidenses comprou a brasileira procomp, que produz não apenas as urnas brasileiras (supostamente invioláveis), mas também caixas eletrônicos de 15 instituições bancárias, incluindo do banco do brasil.
não sei muito bem quais relações podem ser inferidas a partir dos fatos, mas só o pensamento me arrepia o espinhaço.