é, o blog continua uma merda. o computador da tati morreu, e por isso não pude ainda contar com seu auxílio luxuoso para decifrar a merda que deu com o html. acho que pra amanhã tá tudo ok.
mas não era nada disso que eu queria dizer, e sim essa moda -- para mim incompreensível -- de anos 80. admitamos, é uma década boçal, ressaca dos 70 (que por sua vez, já eram o gosto-de-corrimão-de-puteiro dos 60) onde tudo chegou no fundo do poço. política, ideologia, artes plásticas, música. dessa última, então, nem se fala. o tal do rock nacional foi um festival de sorvete-na-testa que me fez parar de ouvir fm's (hoje só o carro de amigos, quando não tem cd) desacreditar de vez na produção fonográfica e em tudo que não fosse mpb (pouca coisa desta, também). há males que vêm para bem, afinal de contas.
para não dizer que nada prestou, destaco as únicas coisas do período que não me envergonho de ouvir hoje: police, paralamas do sucesso e camisa-de-vênus. o resto, na minha opinião, pode ser incinerado sem perdão ou remorso. não é por acaso que a chamam de "a década perdida".
(ah, claro, não poderia jamais deixar de citar o sovaco cabeludo da madonna -- prova inconteste da existência de um tesão superior, responsável na época pelo aumento do meu número de espinhas, cabelos na palma da mão, motivo de destroncamento de pulso e uma quase cegueira. mas, para mim, ela sempre gravitou numa esfera muito distante da música. maltratando manuel bandeira, a madonna foi o meu primeiro porquinho-da-índia.)
no site zerozen tem um especial sobre o período. a descrição do rock brasileiro, apesar de uma escorregadela aqui e outra ali, achei bem fiel. enfim alguém teve coragem de dizer algumas verdades!... do resto, não li nada, mas só o mérito de conseguir que alguns dos manés que se sentiram atingidos respondessem, já vale a visita.