12 setembro 2005

míusique is mâni (e outras chorumelas)

há muito tempo não tenho mais paciência para a mtv. quando era novidade, às vezes eu virava a madruga com a tv ligada baixinho, como música de fundo. mas passada a marola inicial, fica nítido que a programação é uma enorme peça publicitária, pronta para vender qualquer coisa -- eventualmente, até música. isso cansa.

mesmo assistindo pouco, comecei a perceber que as melhores canções não fazem parte da programação regular; são as que aparecem geralmente na trilha incidental de alguns programas. repara só.

o resto é quase sempre libido disfarçada. exemplo: chega para um moleque dos 15 aos 20 anos e pergunta qual a primeira coisa que ele pensa quando ouve os nomes de britney spears ou christina aguilera? e a avril lavine, a namoradinha ideal de dez entre dez rebeldes de playground?
é batata. se eu estiver errado, mereço um cascudo.

como dizia a plebe rude há mais de 20 anos, " a música não importa, o importante é a renda".

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enquanto isso, naquela bela cidade ao sul do equador, uma turba ensandecida aproveita o domingo de sol para botar água no chopp do civismo de fim de semana, numa pequena demonstração do conflito jihad X mcmundo expresso pelo livro homônimo do benjamin barber. ficam assim reforçados os argumentos dos que acham que todo o espaço público deveria ser privatizado, à maneira dos shoppings centers.

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ainda não tenho opinião totalmente formada sobre a questão do desarmamento, mas não acredito que os bandidos vão ficar mais ousados do que já estão porque a população estará virtualmente (mais) indefesa. e entre os que são favoráveis ao porte com quem conversei, não havia um que possuísse arma. também não sei de relatos em que cidadãos comuns (não me refiro a policiais ou militares) tenham impedido a ocorrência de qualquer episódio de violência por estarem de posse de um "pau-de-fogo".

talvez estejamos vendo muito filme americano. mas o que sei eu?...