ao mesmo tempo em que sou preconceituoso como o cão em relação ao meus (des)gostos (in)culturais, sou curioso a ponto de me render a um bom argumento.
só para ficar num exemplo bem simples pero ilustrativo, teve uma época, lá pelos 15 anos, em que eu abominava beatles... hoje sou capaz de dizer a cor da cueca do ringo no último show da banda, no candlestick park, em são francisco, no ano da graça de 1966.
enfim, é o que está acontecendo com o mário quintana. falei da minha ignorância em relação à sua obra (sem nenhum juízo de valor, arima). logo os amigos vieram acudir-me com poemas e informações sobre o poeta.
o mais curioso, entretanto, foi eu estar ontem à noite pela feirinha de livros usados montada na cinelândia, e topar com uma edição de mrs. dalloway, traduzida adivinhem por quem? pois é...
voltei lá depois do almoço de hoje, já com os caraminguás engatilhados para adquirir o volume. não costumo ignorar certos sinais. no creo en las brujas, pero sí en la casualidad...
a propósito, reza a lenda que era uma samba-canção azul.