31 março 2004

o rei e a felicidade

há mais de uma década, uns amigos meus formaram uma banda chamada rc cover, só com versões de músicas do roberto carlos. foi então que descobri que o legado do já então "índia velha" (manu, amigão, diz que o rei foi o único sujeito que, com a idade, não ficou velho, e sim, velha) era rechado de biscoitos finos.

depois a banda transformou-se em "acabou la tequila", diversificou-se em "matanza", e de lá - pasmem - surgiram o embrião do cordão do boitatá, o cérebro musical de moreno veloso, regina casé & os modernos da tv globo, e o cavaquinho da badalada teresa cristina (leia-se grupo semente).

e foi, ainda nos tempos de rc, que conheci a canção abaixo. que, diga-se de passagem, nunca fez tanto sentido quanto agora. tenho escutado direto uma versão primorosa, cantada por erasmo & tim maia. (aliás, sobre o sentido das músicas, o lobão disse que só entendeu seu verso "nem sempre se vê lágrimas no absurdo", quando ele resolveu não se deixar abater pela derrota do brasil na copa de 98).

Além do Horizonte (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

Além do horizonte deve ter algum lugar bonito
Pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
A alegria, e felicidade, com certeza

Lá, nesse lugar, o amanhecer é lindo
Com flores festejando mais um dia que vem vindo
Onde a gente pode se deitar no campo
Se amar na relva sscutando o canto dos pássaros

Aproveitar a tarde sem pensar na vida
Andar despreocupado sem saber a hora de voltar
Bronzear o corpo todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida sem frescura

Se você não vem comigo tudo isso vai ficar
No horizonte esperando por nós dois
Se você não vem comigo nada disso tem valor
De que vale o paraíso sem amor

Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo pra gente se amar