22 março 2004

pouco sexo para muita cidade

tenho uma implicância arraigada e infantil com nova iorque. nunca estive lá, portanto, podem dizer que é recalque, não me importo. e olha que adoro o clima dos filmes do woody allen, "o poderoso chefão", "era uma vez na américa", e "a época da inocência".

no entanto, me aborrece o deslumbramento dos brasileiros com a cidade. cansei de ver gente suspirar pelo cachorro-quente da barraquinha da quinta avenida, ou os pretzles de times square, ou qualquer outra baboseira do gênero. vamos combinar, nova iorque não passa de uma de são paulo em que neva - porque até o idioma é o mesmo.

é bem verdade que, graças a músicas como "autumn in new york", "central park west", entre outras, eu vinha amolecendo. estava pronto a mudar de opinião (coisa de que ninguém pode me acusar), até salsão e gabi aparecerem com o dvd da primeira temporada de sex and the city.

assistimos a dois episódios, e foi o bastante para pararmos, um pouco constrangidos: tirando umas poucas piadas, o resto era um pacote de conflitos de adolescentes pouco dotadas de atributos sinápticos, embrulhados num papel muito vistoso e sofisticado. me admira as mulheres se espelharem nesses modelos.

como diria shakespeare, "ah, que falta faz um bom tanque e uma bela trouxa de roupas..."
...
um sujeito que queira explodir aquele torrão não pode ser mau de todo, afinal...