fui vítima de uma nova forma de tunga eclesiástica. ontem, como fiz durante os dois anos do mestrado, fui estudar na biblioteca da puc. cheguei à uma e saí às oito, e como de hábito, utilizei um dos armários para guardar mochila e livros. eis que, na hora de devolver as chaves, descubro que agora foi instituída a renovação do empréstimo do armário a cada quatro horas. resultado: fiquei devendo, por estar totalmente desprovido de erário (sim, meus credores, nada ainda).
estava, enfim, explicada a reforma desnecessária no hall da biblioteca, já anteriormente impecável; a maquiagem do ambiente, que nada mais fez do que colorir armários e paredes. porra, está certo que o aviso estava (discretamente) escrito junto ao guichê, mas custava o funcionário dizer também? como se aqueles jesuítas nababos já não arrancassem o couro dos alunos para sustentar as mordomias de seu latifúndio na gávea!
se deus existe mesmo, precisa urgentemente contratar um assessor de imprensa (estou à disposição, viu, senhor?) ou um relações públicas (hoje a profissão tem uns nomes mais feios, todos derivados do inglês). isso porque seus mininstros e representantes do lado de cá só têm feito lambança. como diria o profeta gentileza, num documentário sobre sua vida que assisti há alguns anos, "o papa só quer saber de papar, os pastores, de pastar; no vaticano só se come com talher de ouro". e a usura continua solta, com espetáculos catódicos de exoercismo e danças imbecilizantes que fariam jesus descer da cruz para açoitar os vendilhões do templo. quando eu ainda mantinha alguma relação com a igreja católica (a última vez em que entrei numa igreja para rezar foi aos quinze anos, quando fui praticamente forçado pela família a fazer a primeira comunhão, no colégio militar), aprendi que a usura é pecado. dos brabos.