23 fevereiro 2005

desabafo na nuca

tô de saco cheio de arrastar esqueletos de histórias mal-resolvidas, de saco cheio de me acovardar, de andar com medo de ser apontado por conta de algum equívoco que ficou mal-esclarecido. vontade de dizer um caralho! puta que o pariu!, mas acho que não pega bem. enfim, é isso mesmo: tem que meter as caras, parceiro! vai tentando remendar as pontas das merdas passadas com ações profiláticas agora. não dá é para bancar a carolina e ficar vendo o tempo passar na janela. o mundo corre, os afetos tão comendo solto, e tem uma porção de coisas a conquistar.

como dizia a velha canção composta por joão e por mim numa longíqua noite de substâncias estupefaciantes, "veja que isso é passado/ veja/ deixa o medo de lado/ enfrenta/ veja, faz tanto tempo".

mas lembre-se: nem só de flauta vive o homem. é preciso empenho e atenção ao processo.

boa sorte para mim mesmo.