o palavrão acima estava escrito sobre os portões dos campos de concentração. seu significado, "o trabalho liberta", é uma piada macabra, cujo contexto, no entanto, caracteriza com exatidão a natureza da produção capitalista.
minha ex-professora, leneide duarte (que depois de seguir para sua tão amada frança incorporou uma onomatopéia de pingo d'água ao sobrenome), escreveu um artigo sobre um documentário que retrata pessoas que deixaram de trabalhar, em recusa à lógica do capital.
é óbvio que, por enquanto, esse tipo de atitude só pode ser tomada em países em que há uma rede de proteção ao cidadão, mas serve de reflexão. outra boa leitura sobre o tema é o "manifesto contra o trabalho", do grupo krisis. o domenico di masi é legalzinho, mas fica na superfície, não chega à raiz do problema, que é a produção capitalista. enquanto não se romper com os poderes que reduzem os homens à sua força de trabalho, o ócio criativo não vai passar de uma extravagância teórica, para alimentar os devaneios dos 20% da população (dos países desenvolvidos) que podem se dar ao luxo de botar o papo pro ar.
a propósito, os filmes citados no artigo já estão disponíveis no emule. vamos copiar e passar adiante!
...nessas horas é que me arrependo de falar francês como o macaco tião.