quando o alzheimer ainda não devorava minha voca, ela contava como minha mãe reproduzia, à sua maneira infantil, o bordão do rádio: "a minha, a sua, a nossa vangerica!" anos depois, o mistério foi esclarecido pelo cd que acompanhava um livro sobre a história do rádio que ganhei de presente. a voz do ator, locutor, e mais tarde diretor da rádio nacional, césar de alencar, anunciava a plenos pulmões "... a faaaaaaaaaavoritaa...emilinha borrrrrrrrba!" , com o "r" vibrante dos speakers de antanho.
mas foi nos últimos anos, no gargarejo do palco de carnaval da prefeitura na cinelândia, atrás do carro de som do bola preta, e nos bastidores do programa de tv em que trabalhei por alguns anos (onde ela apareceu como convidada um punhado de vezes), que me tornei fãzaço da emilinha borba. ambém ajudaram os primeiros tempos de cordão do boitatá, quando aprendemos uma carrada de marchinhas.
vai ser difícil não fazer coro com os que andam dizendo por aí que "o carnaval acabou".
a propósito, o nome da minha gatinha chica foi dado em homenagem à "chiquita bacana", do braguinha (joão de barro) e alberto ribeiro.