12 abril 2007

a mim e a mais ninguém

há dois tipos de pessoas no mundo: casados e solteiros.

já vivi nos dois mundos. em geral, os que jogam no time em que estou escalado agora se consideram mais bonitos, viçosos, interessantes, flexíveis e com fígado mais resistente; os do outro lado os vêem como doidivanas, e a si mesmos como espécimes mais centrados, objetivos, realistas e serenos -- ou seja, zumbis, na opinião dos primeiros.

apesar, ladies and gentlemen, de ninguém ter pedido, minha opinião é que ambos se enganam de igual maneira, e ao mesmo tempo todo mundo têm razão.

quando eu estava no lado de lá da força, achava ótimo. como tenho certeza de que nunca estive mais feliz essa semana, noves fora a novela interminável de encontrar um sofá que acomode três pessoas, seja confortável, barato, caiba na minha micro-sala e permita o trânsito pelo chão, pois infelizmente ainda não desenvolvi a capacidade de locomoção pelas paredes, como faz o homem-aranha. pelo tempo que a questão se desenrola, já estou me sentindo uma espécie de albertinho limonta. fora isso, tudo na paz.

mas não era nada disso que eu queria dizer. é que, por melhores que estejam as coisas, de vez em quando aparece um cabra safado e me apronta uma dessas:



aí então, meus amiguinhos, não há alegria solitária que resista à vontade de cantar, de peito aberto, um troço desses pro primeiro rabo de saia mais cheirosinho que cruzar comigo na rua. pô, macca, isso não se faz...

povo que não escuta, atenção para a letra.