hoje é sexta-feira de feriado (sei lá qual), acabei de chegar em casa para pegar um dinheiro e esticar o programa de praia em algum bar. ao dar um telefonema convidando uma amiga para se juntar à trupe, aprendo mais uma lição de um curso expresso de comportamento humano do qual nem me sabia inscrito.
já tive amores que me trocaram por outros homens, mas sempre mantive um mínimo de dignidade. nunca importunei ex-namorada que me largou. se tivesse do que me queixar dela -- coisa que sempre se faz quando se é "largado", mesmo que tenha sido eu o agente da separação -- tinha a decência de chorar minhas pitangas para os amigos, em mesa de bar. jamais liguei de madrugada ou chamei a própria na cara de puta sem-vergonha nem nada do gênero.
por isso não há como não sentir uma certa revolta quando vejo baixarias desse calibre acontecendo com uma amiga querida de longa data. acompanho a história à distância, e até aconselho quando acho que tenho abertura para tal.
filho de xangô que sou, não agüento injustiça, e poucas não são as vezes em que sinto o sangue ferver nas orelhas quando a vejo caluniada. a vontade que dá, mesmo fraquinho que sou, é ir até o camarada e sentar-lhe uma porrada nos cornos do qual ele nunca se esquecerá, e da qual se quiser se vingar, vai ter que contratar uns peemes para me dar uns tecos. torcendo para que acertem, porque se errarem, eu volto para encestá-lo com gosto.
nesse momentos, é preciso respirar muito fundo e lembrar que a demanda não é minha. não posso resolver os problemas dos outros. portanto, vou tomar uma ducha e encontrar os amigos. antes de sair de casa vou rezar para o diabo não me tentar, porque pode dar um merdê dos grandes.
então, só me resta apelar:
Justiça, Xangô, justiça!
Justiça, justiceiro de Oxalá!
Aqui se faz, aqui tem que pagar
Quem planta rosa não pode colher jasmim
Quem planta vento colhe tempestade
Quem faz o bem não pode fazer o mal
Quem faz o mal a si mesmo se destrói
Justiça, Xangô!