todos os dias quando acordo, agradeço a deus pela internet.
dentre todas as facilidades que ela proporciona, está o acesso gratuito de qualquer mortal às fotos da playboy. não que meu interesse pela revista continue o mesmo da adolescência, quando sua "leitura" equivalia à de um catálogo da rolls-royce, exibindo produtos aos quais eu jamais teria acesso nessa encarnação.
continuo sem poder comprar um rolls-royce, e noves fora a pequena fortuna que deixei de gastar com cinema, discos e gibis para ver sem roupa atrizes-modelos-manequins de papel, hoje me sinto vingado ao receber imeios de amigos com as fotos. isso tudo pra dizer que já tinha visto o ensaio da carolzuda castro pela rede.
os produtores da revista inventaram essa história de ensaios temáticos e "nu artístico" para desviar a atenção das atrizes de que estão fazendo fotos de mulher pelada. parece um cartum do arnaldo branco em que uma mulher, em pose pra lá de escancarada, pergunta ao fotógrafo se não ficará vulgar, ao que ele responde: "que nada, a moda agora é o cu artístico". volto a divagar.
o ensaio da carol teve por "tema" o universo de jorge amado, na bahia etc. numa das fotos ela está collant (é assim?) rendado meio transparente, segurando um terço que lhe desce ao lado de um seio desnudo. pensei "só falta agora a igreja católica reclamar..."
pois não foi justo o que aconteceu? no extra, o padre secretário de comunicação da arquidiocese daquela estranha cidade ao sul do brasil, declara que usar um objeto de devoção, nesse contexto, é um desrespeito não só com a igreja, mas com a população, e por aí vai.
aí me pergunto como a igreja católica, vetusta senhora de mais de mil anos, se deixou enredar numa polêmica boba, que só vai alimentar a venda da revista?
ademais, por que raios um padre estava vendo a playboy?