trecho de cobra norato, do raul bopp.
- E agora, compadre
vou de volta pro Sem-fim
Vou de lá para as terras altas
onde a serra se amontoa
onde correm os rios de águas claras
entre moitas de molungu
Quero levar minha noiva
Quero estarzinho com ela
numa casa de morar
com porta azul piquininha
pintada a lápis de cor
Quero sentir a quentura
do seu corpo de vaivém
Querzinho de estar junto
quando a gente quer bem bem
Ficar à sombra do mato
ouvir a jurucutu
águas que passam cantando
pra gente se espreguiçar
E quando estivermos à espera
que a noite volte outra vez
hei de le contar histórias
escrever nomes na areia
pro vento brincar de apagar