Li hoje no Globo a matéria com o Claudio Assis, diretor do Amarelo Manga. Já li outras declarações suas, e pessoalmente, gosto do estilo. É ácido, debochado, sem papas na língua e, aparentemente, fala na cara.
(Se bem que eu achava isso do Lobão, mas quando a Trip botou ele e Caetano cara a cara, o tom conciliatório e rasgação de seda de ambos os lados dominou o encontro, deixando o fedor característico de briga marketeira.)
Mas voltando à manga amarela, a irreverência nervosa do Claudio Assis me lembra um pouco o Glauber Rocha. Não que eu saiba muita coisa deste, além do que li nas cartas compiladas em livro pela Ivana Bentes e no Rocha que Voa. Mas a impressão é de semelhança.
Ainda não vi o filme, mas pretendo assisti-lo assim que possível. Parece que tem uns lances meio escatológicos etc. Tomara que não seja estilinho gratuito pra chocar. Estou ansioso, mas não quero criar muitas expectativas.
De qualquer forma, acho mesmo que tirando Beto Brant, Carlos Gerbase e o Jorge Furtado, esses cineastas brasileiros estão precisando mesmo tomar uma retomada no escurinho do cinema.