09 maio 2004

sobre a guerra

tendo recomeçado a trabalhar, estando numa firma de segurança de redes, sendo colega de um white hacker de linux que conseguesaber remotamente tudo o que aparece na tela do meu computador, não tenho tido tempo e culhões para bostejar do trabalho. e como pintou uma pequena brecha na minha atarefada agenda (ui!), resolvi derramar uma enxurrada de bobeiras.

depois de tanto se falar nas arbitariedades americanas, apareceram fotos para provar que a guerra é a desculpa perfeita para libertar a boçalidade que alguns (todos?) levam dentro de si. mas na verdade, ao invés de ficar cagando goma humanista, queria mesmo era mostrar duas poesias sobre o assunto; uma, do walt whitman, outra do meu bisavô. reparem como ambas são parecidas...

RECONCILIATION (Walt Whitman)

Word over all, beautiful as the sky,
Beautiful that war and all its deeds of carnage must in time be utterly lost,
That the hands of the sisters Death and Night incessantly softly washed again, and ever again, this soil'd world;
For my enemy is dead, a man divine as myself is dead,
I look where he lies white-faced and still in the coffin - I draw near,
Bend down and touch lightly with my lips the white face in the coffin.


O Beijo de Papai (Eustórgio Wanderley)

Foi no tempo da guerra entre a Rússia potente
e os heróicos nipões, calmos filhos do oriente.
Em torno a Porto Arthur o cerco se apertava
como um cinto de ferro e fogo, que fechava
as portas da cidade a quem, valente, ousasse
por ali penetrar, ou por ali passasse. (...)