26 novembro 2004

a isenção da mídia

há anos digo que o jb não tem leitores, e sim, torcedores. é triste, sim, ver a derrocada de um jornal que, não fosse pela importância que teve para a história do jornalismo, pelo menos porque carrega o nome do país. o brasil merece mais. mas não vim aqui para alimentar saudosismos, mas para falar do presente. presente em que nada é por acaso, onde o interesse passa ao largo do bem público, e onde se busca o benefício de apenas um lado - o próprio. por mais multifacetado que ele seja.

conteúdo roubado, desta vez do xingatório.

Quinta-feira, Novembro 25
Notícias do Jota


Olá, caros. Depois de longo inverno, este humilde Assis se sentiu obrigado a reaparecer quando descobriu algumas histórias que andam acontecendo no velho Jornal do Brasil.

Vejam só o que me contaram:

A redação da Rio Branco não é mais a única sede da empresa. Parte dos suplementos se mudou de mala e cuia para a Casa do Bispo, uma bela morada no Rio Comprido, cercada de violência por todos os lados. Lá estão, por exemplo, as revistas Domingo e Vida.

Na primeira semana no novo lar, não houve um dia sequer em que os jornalistas não tenham tido o prazer de ouvir tiroteios. Por recomendação sabe-se lá de quem, nenhum funcionário pode vestir roupa vermelha, porque a área é do Terceiro Comando, e tampouco continuar trabalhando após as 18h, quando o bicho começa a pegar. A cereja do bolo veio na terça-feira, quando um segurança do dr. Nelson Tanure, em visita à casa, foi assaltado por dois sujeitos armados.

Diante dos fatos, o manda-chuva da segurança no Estado, Marcelo Itagiba, gente de primeiríssima qualidade, foi hoje ao JB-Rio Comprido para ver o que pode fazer. Fala-se em espalhar câmeras pelas redondezas. Tudo sem segundas intenções, claro. Se por acaso o jornal aumentar o número de matérias elogiando Garotinho, não se espantem. Será mera coincidência.

Xingado por Assis 2:58 PM