claro que minha mensagem de natal tinha que vir atrasada. como pude esquecer de the junky's christmas, do william burroughs? enfim fica a dica. o conto virou um filme de animação. dá para baixar aqui em torrent. não pergunte-me como (rs).
e fiquem bem etc., tá?
29 dezembro 2005
conto de natal para adultos
28 dezembro 2005
sejamos bolivianos
Gracias a Pachamama, Madre Tierra, gracias por la Hoja de Coca.
Nosotros, Aymaras y Quechuas, naciones originarias de los Andes, hemos sobrevivido los azotes del hombre blanco hasta el día de hoy gracias a nuestra hoja de coca. Desde el momento en que llegaron a nuestras tierras, los blancos han querido controlar nuestra hoja para su enriquecimiento personal. Siendo la coca uno de nuestros mayores tesoros, han abusado de ella aquí y ahora abusan de ella por el mundo entero. Como no han podido controlarla, están decididos a destruirla.
Ellos han catalogado nuestra hoja sagrada como una droga, la han condenado a ser prohibida y eliminada obligatoriamente bajo convenciones de la O.N.U. sobre drogas. Con estas convenciones, las Naciones Unidas han ofendido y traicionado las naciones Aymara y Quechua.
Bajo el manto de estas convenciones y después de empobrecer nuestro pueblo con sus políticas neoliberales, el gobierno de los EE.UU., primer enemigo de los Indios, ha utilizado sus dólares para sobornar a los oficiales de Bolivia, corromper sus instituciones y enfrentar a los demás Bolivianos contra nosotros. Ultimamente, la embajada de los EE.UU. en La Paz ha puesto en pie una fuerza mercenaria con órdenes de eliminar la coca y a los Indios que la defienden.
¡La coca no es una droga!
Hay que acabar con esta mentira. Ha llegado el momento para acabar con la amenaza de aniquilación de la coca y de nuestro modo de convivencia comunitaria. La hoja de coca nos ha sostenido a través de todas las adversidades hasta el día de hoy; y lucharemos con todo nuestro poder y con ayuda de ella, para parar los desalmados propósitos del hombre blanco.
Por esta razón, las Naciones Unidas deben respetar la coca y sacarla de sus listas prohibitivas.
Por esta razón, los EE.UU. deben retirar todo su material y personal bélico de Bolivia. Han abusado de su estadía. Que vayan a luchar contra el abuso de las drogas en sus propio país.
Por esta razón, los blancos deben terminar su guerra a las drogas y aceptar que nosotros vivimos en paz con la coca. Deben considerar los informes de Harvard University, la institución académica que más valoran, sobre los efectos beneficiosos de nuestra planta.
Pero eso no sucederá sin una intervención nuestra. Tenemos que emerger para la ocasión.
Ha llegado el momento para las naciones originarias de tomar el poder en nuestras manos.
Ha llegado el momento de redimir nuestra planta sagrada. Nosotros hemos aprendido a tratar la planta con respecto y ella nos ha recompensado generosamente.
Desde ahora en adelante no toleraremos más que fuerzas extranjeras dañen nuestra planta. Seremos sus soberanos guardianes.
Aquellas naciones que lo acepten serán nuestras amigas. Les ayudaremos a tratar el abuso de la coca en el seno de sus sociedades.
Aquellas naciones que continúen reprimiendo nuestra planta serán nuestras enemigas y las predicciones de enfermedades y miseria, proferidas por nuestros yaquiris (que cura con la coca) y transmitidas por nuestras leyendas, seguramente se cumplirán en ellas.
Mientras el invasor norteamericano nos persigue, nosotros, los cocaleros (que cultiva la coca) y las naciones originarias, nunca nos olvidaremos del grito de guerra que nace por el dolor de un pueblo:
Causachun coca! Wañuchun yanquis!
¡Viva la coca! Yankee go home!
Como otras plantas, la coca es una medicina, una planta sagrada. Gracias a la coca, hemos soportado innumerables sufrimientos causados por la infame guerra de los blancos contra las drogas.
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já que é para ter governo, que pelo menos tenhamos um que, pelo menos, aparente ser pelo povo. não nos decepcione, evo!
"O Artista que Mudou de Profissão"
É triste ver pela rua na tarde nublada
de gravata e camisa suada
o artista que mudou de profissão
renunciou a seus planos
e já vive longos anos
sem ver um verso passar em seu coração.
do meu conhecido dos tempos de uni-rio, osvaldo pereira. o Olha Zé eu tenho, e assino embaixo. vou correr atrás do novo.
ps: o jogo só termina quando acaba. caí, mas tô só assuntando. quando me levantar, vai ser rabo-de-arraia e pernada pra todo lado. me aguardem.
saturno é o cacete!
meio sem saber, como quem não quer nada (mas não deseja menos que tudo), completei por esses dias a leitura do que, acabei por apelidar de "trilogia libertária". três livros que, ao longo da vida, forjaram minha postura ética/política. são eles:
* discurso da servidão voluntária - etienne de la boétie (presente de 18 anos da minha prima claudia, só muito depois devidamente aproveitado)
* a sociedade contra o estado - pierre clastres
* a sociedade do espetáculo - guy debord
lidos nessa ordem, põe em perspectiva a questão do poder e da dominação em relação 1) ao indivíduo, 2) à comunidade, 3) à sociedade "global" como um todo.
mais tarde, enquanto tecia as relações entre eles foi que percebi a coincidência de os autores serem todos franceses. quanto aos textos, o primeiro e o terceiro eu garanto na rede. já o do clastres, infelizmente...
entretanto, dizem os fariseus que, normalmente, a origem da preocupação excessiva com o binômio poder-autoridade está em problemas na infância com o pai.
pano rápido.
16 dezembro 2005
comunicado
sinto informar aos amigos e eventuais leitores que Multivac, meu computador jurássico, acaba de nos deixar (a mim na mão), depois de anos servindo a mim e a outros donos anteriores. motivo de seu passamento foi falência múltipla de placa-mãe, processador e afins.
em respeito a ele e à tatiana (que não deve ficar tão satisfeita assim de me ver empoleirado na máquina dela, mas, justiça seja feita, jamais reclamou ou sequer deu um muxoxo), os bostejos seguirão num ritmo assaz lento até a substituição do bravo Multivac por um congênere mais adequado às necessidades tecnológicas de hoje.
descanse em paz, Multivac. nós que seguimos sem você o saudamos.
antes de despedir-me, gostaria de transmitir minha mensagem de natal, retirada do fragmento 154 (capítulo vi) do livro "a sociedade do espetáculo", do titio guy debord (lê-se "gui"). a propósito, acho a tradução da editora contraponto é melhor que a do link acima:
"Esta época [atual], que mostra seu tempo a si mesma como sendo essencialmente o giro acelerado de múltiplas festividades, é também uma época sem festa. O que era, no tempo cíclico, o momento da participação de uma comunidade no dispêndio luxuoso da vida, é impossível para a sociedade sem comunidade e sem luxo. Quando as suas pseudofestas vulgarizadas, paródias do diálogo e da doação, excitam a uma despesa econômica excedente, elas só trazem a decepção, sempre compensada pela promessa de uma nova decepção. O tempo da sobrevivência moderna deve, no espetáculo, tanto mais vangloriar-se quanto menor for o seu valor de uso. A realidade do tempo foi substituída pela publicidade do tempo".
fica também registrado como dica de presente de natal. até breve.
12 dezembro 2005
e viva a lucidez!
o texto a seguir é lido por domingos de oliveira no filme "separações".
O Homem Lúcido
O Homem Lúcido sabe
que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções
que ele nunca se entusiasma com ela
Assim como ele nunca tem memórias
O Homem Lúcido sabe
que o viver e o morrer
são o mesmo em matéria de valor
posto que que a vida contém tantos sofrimentos
que a sua cessação não pode ser considerada um Mal
O Homem Lúcido sabe
que ele é o equilibrista na corda bamba da existência
Ele sabe que por opção ou por acidente
é possível cair no abismo a qualquer momento
interrompendo a sessão do circo
Pode tembém o Homem Lúcido
optar pela vida
Aí então Ele esgotará todas as suas possibilidadades
Ele passeará pelo seu campo aberto
pelas suas vielas floridas
Ele saberá ver a beleza em tudo!
Ele terá amantes, amigos, ideais
urdirá planos e os realizará
Resistirá aos infortúnios
e até mesmo às doenças
E se atingido por um desses emissários
saberá suportá-lo
com coragem e com mansidão
E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais
e em idade avançada
cercado pelos seus filhos
e pelos seus netos
que seguirão a sua magnífica aventura.
Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido
uma aura de bondade
Dir-se a:
-Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!
A Justa Lei Máxima da Natureza obriga
que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem
se iguale sempre à quantidade acontecimentos favoráveis
O Homem Lúcido porém
esse que optou pela vida
com o consentimento dos deuses
tem o poder magno de alterar essa lei
Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...
Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com os Homens Lúcidos
*segundo consta, o texto é uma livre tradução, parte de um tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. vi a.c, na caldéia -- parte sul e mais fértil da mesopotamia, entre os rios tigre e eufrates.
09 dezembro 2005
que graham bell não me ouça
estou prestes a me tornar o mais novo feliz "não-proprietário" de um aparelho celular.
eita presentão de natal bão, sô! mehor que isso só ganhando um orangotango e a mega-sena.
"biblioteca livre", eu apóio essa idéia
faça o conhecimento circular, compartilhe suas experiências.
parábola seminal aqui.
08 dezembro 2005
paradoxo de "celão"
"gosto de gente, gosto de bicho; mas não gosto de gente que gosta de bicho".
não sou de eléia, mas também tenho lá meus paradoxos.
06 dezembro 2005
onde há fumaça...
tudo bem que os campineiros não gostem da fama que lhes é normalmente atribuída, mas em que outro lugar do país o estádio de futebol local chama-se "brinco de ouro da princesa"? nem em pelotas.
...eu, hein?
05 dezembro 2005
ana maria no país das maravilhas
de manhã, tomando café ao som do "mais você", descubro que a jornalista ana maria braga vai passar os próximos programas mostrando as belezas do continente africano, começando pela áfrica do sul.
para exemplificar as enormes diferenças entre os países, a antropóloga ana maria braga cita a falta de liberdade de lá em relação a de cá, esclarecendo algo mais ou menos assim: "sabia gente, que na áfica do sul o racismo era tão grande que os negros não tinham liberdade para entrar em várias lojas e restaurantes, a não ser que estivessem levando um passe que os autorizasse a trabalhar ali? e que depois de uma certa hora da noite, eles não podiam andar por algumas ruas da cidade?"
não, ana maria, nem eu, nem o enteado do caetano veloso sabíamos. que bom vivermos em uma democracia racial, em que negros não são vistos com desconfiança por policiais também negros, e têm liberdade de ir e vir, como é freqüente em shoppings e condomínios fechados como alphaville ou o jardim pernambuco.
depois, a ecologista ana maria braga nos mostra, na beira de uma rodovia engarrafada, uma solução para a preservação do meio-ambiente: "tá vendo aquela árvore lá? ela nada mais é do que uma antena de celular. só que ao invés deles fazerem uma antena igual a gente tem aí, que fica aquele negócio de ferro pra cima, essa é uma árvore ecológica: ela não é obviamente uma árvore vegetal, normal, ela é de plástico. olha que legal! e aí podia ser uma boa idéia para o brasil, porque aí vai enfeitando as estradas todas".
puxa, que genial, ana maria! o sirkis e o minc vão adorar a idéia! pena que o burle marx não está mais vivo para compartilhar esse prodígio!... (duvida? o vídeo está aqui, mas acho que para assisti-lo tem que ser assinante do globo.com).
e para finalizar, a estatística ana maria braga revela que um bairro tradicional foi tomado por traficantes, mas que a instalação de câmeras reduziu a criminalidade "a 60%". o site diz que a queda foi "em 60%", o que é muito diferente. e agora, meu deus, qual é a eficácia do método?
preciso acompanhar o restante da série; mal posso esperar para ver a cara de susto da etnógrafa ana maria braga quando descobrir que a maioria da população do norte da áfrica não é negra, e sim árabe.
a morte, vladimir marina e eu.
tenho a morte como companheira. gosto de mantê-la a um braço de distância, do lado esquerdo, como ensinou castañeda ["áurea" no fim do terceiro parágrafo quase derruba a credibilidade]. se virar rápido a cabeça e sentir um arrepio, pode crer que você a viu.
por considerá-la uma amiga presença, não a temo. é uma espécie de conforto. não tenho pressa, mas ela um dia me envolverá e tudo será escuridão, como era antes de nascer. quando chegar minha hora, não quero explicações, paraíso, redenção, imortalidade, porra nenhuma: apenas silêncio.
aos que me imaginam vítima de alguma depressão noturna, nada disso: meu desejo é apenas expressar que, apesar de minhas crenças, sentiria um prazer infinito se alguém, algum dia, escrevesse as palavras abaixo. aí sim, tudo se justificaria:
A Vladimir Maiakovski
A cima das cruzes e dos topos,
Arcanjo sólido, passo firme,
Batizado a fumaça e a fogo -
Salve, pelos séculos, Vladímir!
Ele é dois: a lei e a exceção,
Ele é dois: cavalo e cavaleiro.
Toma fôlego, cospe nas mãos:
Resiste, triunfo carreteiro.
Escura altivez, soberba tosca,
Tribuno dos prodígios da praça,
Que trocou pela pedra mais fosca
O diamante lavrado e sem jaça.
Saúdo-te, trovão pedregoso!
Boceja, cumprimenta - e ligeiro
Toma o timão, rema no teu vôo
Áspero de arcanjo carreteiro.
Marina Tsvetaeva
maiakovski é chapa desde os meus 15 anos, quando o descobri na estante de uma prima mais velha, em são paulo. para um burguesinho revoltado que tinha acabado de cortar o cabelo moicano, foi paixão à primeira vista. envelheci, errei muito, acanalhei-me, mas algo do que preservo de belo e íntegro está naquelas páginas.
já a tsvetaeva me foi apresentada por um grande amigo, o arima, hoje em portugal. aliás, ele também me apresentou o kaváfis, o que me rendeu boas gargalhadas quando assisti ao "morango e chocolate".
passei um tempão gramando atrás de livros dela, já que (ô, vergonha!) nenhuma editora brasileira se dignou a publicá-la. até que, num golpe de sorte, consegui encontrar dois livros portugueses em prosa ("noites florentinas" e "o diabo"). o primeiro acabei emprestando para uma ex-meio-namoradinha que não mo devolveu, e pior, sequer deve tê-lo lido! bem-feito para mim.
se ainda estivéssemos no tempo dos escudos, um arremedo de moeda como a nossa ainda é, eu poderia acionar meus contatos na terrinha e encomendar alguns livros, mas o euro, mesmo tendo baixado, continua proibitivo ao meu não-orçamento. maldita comunidade européia! o jeito é ir catando aqui e ali os haroldos de campos da vida. quem mandou ser pobre?
04 dezembro 2005
das quem?
tá sem grana para cá? que tal tentar aqui? entenda melhor o que está acontecendo: aqui e aqui.
talvez as moças de vida fútil de são paulo tenham se ofendido com a possibilidade de dumping das colegas de "vida fácil" do rio.
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aviso:
se a diagramação dos bostejos parecer meio confusa, não é por minha incompetência, mas do internet explorer. livre-se dessa porcaria e baixe o firefox. vai por mim que eu te quero bem, é navegação otimizada e inteligente.
03 dezembro 2005
jeitinho brasileiro (ou "cena carioca")
reparem agora na tampa do tanque de combustível:
02 dezembro 2005
polícia (?) para quem (?) precisa (?)
transcrição de notícia do jornal nacional de ontem:
01.12.2005
Traficantes fuzilam quatro pessoas
De madrugada, um telefonema anônimo levou a polícia até um carro. Dentro dele estavam quatro homens mortos a tiros e um cartaz que avisava: ali estavam os corpos dos bandidos que tinham atacado o ônibus na noite de terça-feira quando cinco pessoas morreram e 14 ficaram feridas.
Dos quatro homens mortos pelos bandidos, em dois casos já há a confirmação. Eles realmente participaram do atentado. A identificação foi feita no Instituto Médico Legal por vítimas sobreviventes do ataque ao ônibus da linha 350.
O diretor do IML diz que as vítimas examinaram fotos feitas pela polícia dos bandidos mortos. E reconheceram dois dos criminosos mais violentos daquela noite.
"A um deles foi atribuído até ter sido aquele elemento que espalhou combustível dentro do ônibus e o outro foi o que aterrorizou as vítimas", contou Roger Ancilotti, diretor do IML.
A polícia do Rio reforçou o patrulhamento na área do atentado. O secretário de segurança do Rio, Marcelo Itagiba, foi pessoalmente acompanhar a operação. E denunciou a tentativa dos traficantes de diminuir a revolta da população matando comparsas.
"Se tem mais quatro mortos, mais quatro homicídios foram praticados e é isso que precisa ficar claro: um crime não justifica o outro - se foram pessoas que praticaram aquela ação deveriam estar presas e apresentadas à justiça. Quem os matou é tão criminoso quanto os que tacaram fogo no ônibus", alegou Itagiba.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Sérgio Cavalieri Filho, diz que as autoridades precisam reagir com rigor a esse tipo de provocação.
"Tem que haver uma reação proporcional a ação. E essa reação proporcional a ação não é do bandido, ela tem que ser do poder público", disse ele.
O atentado ao ônibus repercutiu em outros países. O canal de TV CNN em espanhol apresentou uma reportagem com detalhes.
No Brasil, a repulsa ao crime bárbaro aumentou hoje ainda mais com a tentativa dos próprios bandidos de passarem por cima da lei com a execução de comparsas.
"É um outro ato criminoso, perverso, calculado e que não pode ser aceito pela sociedade. Ninguém pode se colocar acima da lei e trazer para si o direito de eliminar vidas, fazer justiciamento, praticar extermínio de pessoas", acredita Mário Mamed, Secretário Nacional de Direitos Humanos.
"Acreditamos que neste momento o trabalho fundamental, além da repressão, é um trabalho de inteligência que mapeia as coisas, desvendem as autorias e puna de uma maneira implacável os culpados por esta barbaridade", disse o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.
Os passageiros da linha 350 que fazem a viagem no mesmo horário do atentado ainda sentem medo.
"O cidadão chega a uma hora dessa do trabalho e ainda tem que passar por essa situação dessa", lamenta um passageiro.
"A gente fica indignado, mas o que fazer? Não está nas nossas mãos o poder de resolver a situação", disse outro.
Hoje foi reconhecido o corpo de mais uma vítima. É o gerente de um supermercado, Luis Antônio Vieira Carvalho. O filho dele desabafou: "Estou me agüentando não seu como. Era um pai exemplar, meu amigão. Eu perdi eu acho o único amigo que eu tinha. Realmente, amigo.
Dois corpos ainda não foram identificados. O homem que perdeu a mulher e a filha de um ano falou pela primeira vez. Ele tem queimaduras em 30% do corpo. E se lembra bem do que aconteceu.
"Muito fogo, eu falei: 'eu tô queimando, eu tô queimando' e minha esposa segurou minha filha pra eu tentar quebrar o vidro do ônibus. Mas eu não consegui. Na hora que eu olhei pra trás minha esposa tinha sumido, só tinha fogo e foi quando eu caí pro lado de fora queimando em chamas e pedi alguém pra ajudar que minha filha estava lá dentro, mas foi em vão", contou.
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uma bela mobilização voluntária das comunidades carentes, para realizar o trabalho que a secretaria de segurança do estado não consegue. o governador precisou defender sua honra, alegando que "a polícia faz o que pode". a governadora, nem isso fez. (o rio inovou ao ter no comando duas cabeças. que pensam menos que uma). está dodói, estressada. que maldade, ninguém avisou que administrar é um pouco mais trabalhoso que esquentar a janta do marido e tomar a lição dos nove pimpolhos?
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29/11/2005
Conde assume como interino e divide a agenda com Garotinho
A governadora Rosinha Garotinho decidiu passar os 15 dias de descanso, prescritos pelo médico do Palácio Laranjeiras, Enéas Cota, na Ilha de Brocoió, residência de verão do governo do estado. Vítima de estresse e de virose, Rosinha ficará de licença até 12 de dezembro. O vice-governador Luiz Paulo Conde já enviou à Assembléia Legislativa mensagem informando sobre a sua interinidade. Ele e o secretário estadual de Governo, Anthony Garotinho, dividiram os compromissos agendados ontem para Rosinha.
Garotinho, que chegara a anunciar que renunciaria ao cargo em novembro, decidiu permanecer no governo até o fim de dezembro, quando todos os secretários que concorrerão nas próximas eleições serão exonerados.
Jornal: O GLOBO Autor:
Editoria: Rio Tamanho: 142 palavras
Edição: 1 Página: 18
Caderno: Primeiro Caderno
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no entanto, virose de assalariado só pode durar, no máximo, dois dias. mas gostei da idéia, da próxima vez que ficar estressado, vou dar uma pinta em brocoió (atenção, naturistas e natarados, não é abricó!).
a agenda do "portal do cidadão" confirma: "No momento não há compromisso na agenda da Governadora!" assim mesmo, com exclamação. será de alívio ou alegria, já que a assessoria de imprensa desfrutaria duas semanas sem os malabarismos habituais para explicar tanta burrada. maldito 350!
já que os traficantes estão tomando conta da segurança -- o novo dono da rocinha prometeu acabar com os assaltos, de são conrado ao humaitá --, poderíamos mandá-los nossos impostos para que melhorem seu aparato. em troca, por exemplo, todos os velhinhos glaucomatosos de copacabana poderiam receber uma ração semanal de maconha (fonte: faculdade de química da ufsc).
no mais, por que as autoridades ficaram tão alarmadas? afinal, foi por seu intermédio que a população "garantiu seu direito" à autodefesa. então pobre também pode. viva a lei de talião, ora bolas!