não consigo ver o comercial do ponto frio sem achar que os caras estão cantando "se comprar no ponto frio, sesseeenta!"
28 março 2006
23 março 2006
você vê o que você é
deu no plantão do globo-on, às 15h37m:
Quando viaja, Cheney só assiste ao canal Fox News
Se você é o vice-presidente dos Estados Unidos, o que o hotel em que você vai se hospedar deve lhe fornecer?
O site thesmokinggun.com sabe.
O site, especializado em divulgação de documentação pública acerca de fatos policiais e contratos de gente famosa, obteve uma lista-padrão de exigências da vice-presidência americana para quando Dick Cheney viaja.
Ele gosta que o quarto esteja sempre com a temperatura regulada para 20 graus (68 fahrenheit).
Todas as luzes têm de estar acesas.
As televisões - todas - têm de estar sintonizadas no canal por assinatura Fox News (espécie de porta-voz oficioso dos republicanos).
Forno de microondas.
Refrigerante diet sem cafeína.
Água mineral Perrier, se a esposa estiver em sua companhia.
O cardápio do restaurante do hotel também, preferencialmente copiado e enviado por fax com antecedência para a vice-presidência.
Qual seria a lista do nosso José Alencar?
Eis a lista [do cheney], no site.
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muito apropriado o cheney assistir o canal retratado pelo outfoxed. mas não seria melhor asistir aos canais ditos "liberais", para saber o que pensa o inimigo, e assim planejar uma estratégia capaz de neutralizá-los?
fui diagnosticado como "pimba"
o termo acima -- arrisco dizer, nascida no meio médico -- significa "pobre". o pimba típico (também conhecido por "pimbocítico") designa prioritariamente aquelas pessoas que chegam no pronto-socorro munidas de uma sacola de plástico abarrotada de exames ensebados, e a indefectível toalhinha, que serve tanto para secar o suor quanto para limpar o filete de baba que escorre pelo canto da boca, em decorrência de um derrame, por exemplo.
é cruel, admito, mas pimbice não é apenas falta condições econômicas. não, gafanhoto: a pimbocitose (sejamos científicos) é mais como um estado de espírito. aliás, no qual me enquadro, pelos motivos a seguir:
- há meses, eu mesmo corto meu próprio cabelo, com uma máquina comprada à casa e vídeo;
- lavo o filtro de café de papel, para reutilizá-lo;
- paro para ler as manchetes nas bancas de jornal;
- baixo filmes para não pagar o cinema;
- e, por último, mas não menos chocante, como perdi a carteira no carnaval, outro dia, para escândalo da minha consorte (o grifo foi sugerido por ela), utilizei uma caixa de fósforos para acondicionar minhas notas de dinheiro e algumas moedas, evitando que ficassem soltas nos bolsos.
minha neurologista indicou como terapia um "extreme-tiro-na-nuca". em minha defesa, alego que sou um camarada "riléx".
22 março 2006
ainda sobre pirataria
só para contextualizar, ontem o segundo caderno do globo apresentou a seguinte matéria em sua página 2, assinada pelo antônio carlos miguel:
Novos discos de Marisa Monte não podem ser copiados para iPod
Fãs de Marisa Monte também adeptos do admirável mundo novo dos iPods reclamam da EMI, que distribui mundialmente os dois novos CDs da cantora, "Universo ao meu redor" e "Infinito particular". Essa tribo tem encontrado barreiras para passear pelo universo musical de Marisa: o novo sistema anticópias usado pela EMI -- que se diz valer desse artifício para frear a pirataria -- não é compatível com a tecnologia dos iPods (ou com o programa iTunes, usado nos tocadores de música digital da Apple).
(...) Informação confirmada por Marcos Maynard, presidente da EMI.
-- Esse bloqueio para iPod é anunciado na contracapa dos CDs, e essa é uma lei mundial da EMI, não fui eu quem inventou e se aplica a todos os nossos artistas -- diz Maynard, explicando que até dezembro do ano passado o sistema CDS 200, criado em 2002, não permitia cópia alguma, mas, desde janeiro deste ano, o novo programa, CDS 300, possibilita até três cópias por CD, menos para iPods. (...)
Mas a ferramenta da EMI pode se virar contra a empresa, e induzir muitos dos consumidores a usarem o (condenado pelas gravadoras) download grátis na internet. Os dois novos discos de Marisa já rodam pelo universo sem fronteiras da rede, em sites de troca de música digital como eMule, soulseek. O que não diminui a fúria de seus fãs. "Marisa está dando uma de Metallica" (referência ao grupo de heavy metal americano, que fez campanha contra o programa Napster, um dos primeiros sites de troca de música pela internet), escreve um leitor. "Esse sistema anticópia é uma vergonha e penaliza o comprador legal do CD", argumenta outro. (A.C.M.)
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depois disso, fui procurar no emule, e não é que os dois estavam mesmo lá? devidamente baixados, os arquivos descompactados, além das músicas, continham a seguinte mensagem:
LEIA!!!
Após baixar as músicas, compartilhe-as!!!
Vamos mostrar para a Indústria Fonográfica que
criar mecanismos de proteção contra pirataria é ilegal,
imoral e inútil.
Ilegal porque fere o Código de Defesa do Consumidor;
Imoral porque a Indústria Fonográfica parte do princípio que todos os consumidores são criminosos;
Inútil porque é muito fácil quebrar a proteção. Eu o fiz em 5 minutos.
Compartilhe as músicas. Deixe que outros tenham o mesmo direito que você teve.
Compartilhe-as separadamente e zipadas também.
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sim, senhor. independente da qualidade, vou mantê-los por questões políticas. afinal, guerra é guerra.
21 março 2006
sobre o discurso da "pirataria"
acho graça nas tentativas de criminalizar grupos comerciais russos, chineses ou que tais, como "máfias". na verdade, o que acontece é a união de determinados "franco-atiradores" para entrar no jogo capitalista praticando as regras reservadas apenas às corporações multinacionais.
se as coisas não mudaram, o pressuposto ainda é alcançar o máximo de lucro com o mínimo de gastos. ou estou errado?
e querem que eu pague mais por isso? é ruim, hein?
viva a pirataria!
testando, 1, 2, 3...
vou tentar uma parada, só de farra: postar músicas pelo rapidshare. para ouvir, clique no linque, vá até o pé da página, clique no "free", e espera a página seguinte liberar o linque para a música. digite o código indicado, e depois é correr pro abraço.
as agraciadas serão beware of darkness (sobre a qual já dei um plá aqui) e something, com o paul mccartney de ukelele e o eric clapton de guitarra, mesmo.
como diz o caipira, "se divirrrtam". e se gostarem, dêem um fidibéque.
ps: ando tão obcecado com esse dvd que acho que vou comprá-lo. é incrível como minha voz fica embargada toda vez que tento cantar junto. talvez seja o melhor show que já vi, e olha que tenho muito pouco saco para assistir show pela tv.
20 março 2006
a globo, quando não faz na entrada...
acabei de assistir à edição feita para o fantástico do documentário do mv bill "falcão, meninos do tráfico". a globo até que tentou fazer tudo certinho, levou o autor lá para conextualizar as imagens e explicar seus possíveis objetivos, aparentemente não "suavizou" nada, nem botou "pí" nos palavrões.
depois da exibição, entra a glória maria de cara séria, anunciando para depois dos comerciais um "debate com a opinião de quem ficou chocado com as imagens". volta o programa e ficamos sabendo que são pessoas "acostumadas a ter um olhar aguçado sobre as pessoas e a realidade". esfrego as mãos, curioso em saber que iria aparecer: algum sociólogo? uma autoridade política? um comandante de força policial? alguém vai argumentar com o bill?
além de não ter necas de debate, botaram no ar depoimentos de manoel carlos, glória perez, cacá diegues, camila pitanga e luís fernando verissimo. meu queixo caiu: os dois primeiros escrevem novelas cujos personagens parecem polianas com paralisia cerebral; cacá diegues devia ter sofrido impedimento legal por sua adaptação "turma da xuxa" do orfeu de vinícius de moraes; camila pitanga é linda, gostosa... é linda, gostosa... é linda, gostosa... e o que mais? até o verissimo caiu na armadilha dos comentários óbvios.
aí me pergunto: são esses nossos formadores de opinião? são essas as pessoas que moldam e representam o pensamento da sociedade atual? os seres elevados a quem delegamos o poder de nos explicar o mundo? de pensar por nós? tudo bem que pegar o luís eduardo soares, a alba zaluar, o roberto da matta ou gilberto velho, poderia ser forçação de barra para o público do fantástico, mas porra!, não deram nem uma colher-de-chá para a viviane mosé, a filósofa-danoninho?!
ficou claro até que ponto as fronteiras entre espetáculo e realidade foram entortadas e transformadas na pasta fedorenta que nos empurram goela abaixo, com que pretendem pavimentar a cabeça das novas gerações.
no filme, uma menina deseja que o seu filho, então com quase três anos, "conheça o mundo" além do tráfico. o que sabe ela do mundo, escrava cujas correntes se manifestam pela ausência de tudo? por outro lado, e nós, que temos dinheiro para viajar e desfrutar os prazeres do mundo, o que sabemos dele além do consumo? o que sabemos de nós mesmos, além dessa corrida de ratos de tentar se dar bem a qualquer custo?
pelo menos o mv bill rompeu a letargia e está tentando entender alguma coisa. tomara que algo seja movido.
16 março 2006
com que livro eu vou?
outro dia, baixei fahrenheit 451, do truffaut (costumava dizer que os filmes dele eram tão legais que nem pareciam franceses. maldade pura...). inspirado num conto do ray bradbury, o filme se passa num futuro próximo, quando as autoridades proíbem os livros, com o argumento de que a leitura leva a anti-sociabilidade, e faz com que leitores julguem-se melhores que não-leitores. existe até uma brigada de bombeiros, apenas para queimá-los (o título é uma referência à temperatura de combustão do papel, que dá uns 232 celsius).
os renegados fogem para viver nas florestas, e formam uma confraria de "homens-livro", onde cada um decora um exemplar palavra por palavra, como forma de preservar as narrativas e, ao mesmo tempo, libertarem-se do papel. antes de morrerem, eles passavam as histórias para herdeiros mais novos. com o tempo, eles acabam se transformando nos livros, a ponto de se apresentarem como "as crônicas marcianas, de ray bradbury" (onde está o conto original); "a ilíada, de homero"; ou "os miseráveis, de victor hugo".
isso me impressionou tanto que passei dias pensando que livro seria, se tivesse que escolher um exemplar para saber de cor, ou mesmo me "representar". não cheguei a uma conclusão, mas talvez ficasse entre "as mil e uma noites" e o "i-ching".
e vocês? que livro seriam?
cada um com seu cada qual
a brincadeira já passou por um monte de gente, mas dou crédito à solange, que foi de onde li. resumindo, é o seguinte:
"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do 'recrutamento'. Ademais, cada participante deve reproduzir este 'regulamento' no seu blogue."
vamos lá:
1. café. sempre. talvez esteja mais pra vício que pra mania. começo com pelo menos uma garrafa térmica inteira ao despertar. fora as outras ao longo do dia. até agora, nenhum sinal de gastrite.
2. ler jornal de trás para frente. primeiro caderno, de cultura, internacional. sempre nessa ordem, a menos que alguma matéria específica salte aos olhos nas manchetes.
3. banho. quanto mais tempo fico em casa, maior o número. mania até justificável, em se tratando do calor do rio de janeiro.
4. coçar o ouvido. com apetrechos. bom demais, embora socialmente condenável. por isso mesmo faço às escondidas.
5. ler antes de dormir. qualquer coisa, nem que seja uma página. só abro mão quando já estou dormindo diante da tv e a tati me chama para ir para cama (achei que depois de adulto, poderia dormir onde quisesse, mas qual...).
não há vírus "copa do mundo 2006"
pelo menos, até hoje. aviso antes que comecem a abarrotar minha caixa postal.
e por falar nisso, não sei quanto a vocês, mas, para mim, o vírus da gripe aviária é da mesma cepa do bug do milênio.
em tiros em columbine, michael moore aborda, por alto, o mecanismo dessas histerias midiáticas periódicas (lembram-se da invasão das "abelhas africanizadas"?)
emule é a melhor diversão
o sal do preço do ingresso e o amargo do meu orçamento (?), aliados à facilidade de acesso proporcionada pela internet e uma banda razoavelmente larga, são os responsáveis por uma mudança radical de meus hábitos cinematográficos.
além dos filmes raros e curiosidades fora do catálogo, assisto primeiro a todos os lançamentos do cinema aqui em casa, para depois prestigiá-los na telona, se sua qualidade assim os autorizar. um exemplo já meio antigo disso foi sin city. dos oscarizados, tirando crash, que vi antes da consolidação definitiva do hábito (ano passado?), nenhum mereceu minha presença. nem mesmo good night, good luck ou syriana -- filmes de gente grande.
a propósito, fazem um carnaval com a pirataria nacional, mas só pode ser pelo volume de vendas, porque parece que quem domina o mercado são os europeus. a quantidade de versões em italiano, espanhol, francês e até alemão (nessa ordem) de qualquer novíssimo título americano supera em muito o número de cópias em inglês. motivo pelo qual até hoje não consegui assistir match point. o português fica atrás até do hebraico, na rede. provavelmente empatado com o guarani.
13 março 2006
efeito kovak
meio por conta da tati, comecei a espiar o seriado desperate housewives. e uma conclusão me atingiu como um raio: as mulheres retratadas no seriado são exatamente a versão futura das moças "ixpertas" e "dixcoladas" do sex and the city. os estereótipos são os mesmos. confiram comigo (a tati me ajudou com os nomes):
- miranda, a advogada bem sucedida com problemas de cria, virou a lynnette;
- charlotte, a pudica casadoira com problemas de marido, virou a bree;
- samantha, a assessora com problemas de furor uterino, virou a gabrielle;
- e last, but not least, carrie, a jornalista oligofrênica com problemas de ficar com qualquer cara, virou a susan.
a propósito, caso paire alguma dúvida, acho sex and the city uma afronta à qualquer mulher com um qi maior ou igual ao de uma ostra saudável. não entendo como elas acham graça em serem retratadas como débeis mentais. mas enfim, como diz o ditado, gosto etc.
10 março 2006
por que as coisas nunca vão dar certo
veja syriana e você entenderá o que eu quero dizer. não alimente falsas esperanças, enquanto houver dinheiro no meio, não existirão boas intenções, ambientalismo, ongs, presidente com fumos socialistas, democracia, resistência ou ética de qualquer tipo. aliás, retiro do filme a melhor definição da ética macrocapitalista:
Corruption ain't nothing more than government intrusion into market efficiencies in the form of regulation. That's Milton Friedman. He got a goddamn Nobel Prize. We have laws against it precisely so we can get away with it. Corruption is our protection. Corruption is what keeps us safe and warm. Corruption is why you and I are prancing around here instead of fighting each other for scraps of meat out in the streets. Corruption is why we win.
o oscar do george clooney, apesar de merecido, foi prêmio de consolação. pelo bem do status quo, um filme como esse tem que cair no esquecimento.
05 março 2006
ninguém segura a juventude do brasil
recebi um imeio com supostas frases pinçadas de provas do vestibular da unicamp. é hilário, mas depois dá vontade de chorar.
Tema: A mudança é indubitável, mas progresso é uma questão controversa. Por isso todos falam de evolução, mudança, progresso...
"A mudança sempre ocorreu e sempre vai ocorrer. Ela ocorre para os seres vivos, mortos, para o concreto, para o abstrato (idéias)."
"Desde o seu surgimento o homem galopou pela escala orgânica, tendo seu cérebro como montaria, pois anda a frente das demais espécies, dominando-as a seu favor."
"As mudanças ocorrem devagarosamente."
"Dificilmente vamos encontrar mudanças ou progressos que são positivamente bons para ambas as partes."
"Pode-se notar que o homem só conseguiu ir para diferentes lugares do mundo a partir dos primatas, que desenvolveram a roda, tendo como conseqüência a possibilidade de conhecer culturas variadas."
"Desde a priori aos tempos remotos..."
"Antigamente ao bater uma carroça na outra dificilmente alguém morria, hoje após a evolução, milhares morrem em acidentes de carro."
"O homem progrediu as custas de outros, como Frankstein, que deu vida a uma criatura, adquiriu a evolução mas não teve bom êxito com o monstro criado. Já que este monstro não tinha noção da sua força e deformação."
"Pode até ser por acidente. Tropeçamos no progresso, caimos na mudança e levantamos na evolução."
"Tudo vem dos seres vivos, até os seres não-vivos."
"E o Homo Sapiens continua seu progresso: desmatando, poluindo e usando desinfetantes, só para dar cheirinho no seu banheiro."
"Eu, particularmente, desenvolvi uma cabacidade de raciocínio e argumentação incríveis."
"Como diz o ditado: é duro agradar a pobres e troianos."
"Todos os seres evoluem, cada um com a sua evolução, pois somos todos individualistas."
"O homem tem a capacidade infinita de evoluir, mas não sabe utilizá-la de forma segura e promíscua."
"Os próprios seres humanos somos mudanças ambulantes."
"A falta de consideração para com a natureza ocorre devido a falta de maturidade da cabeça e dos pensamentos humanos."
"Somos a própria imagem da evolução refletida no espelho do progresso."
"O mundo está reagindo as reações que o homem está fazendo."
"Sonhamos com um mundo melhor, visto que o dinossauro cedeu lugar ao cachorro, gato..."
"Os aminoácidos foram os primeiros habitantes da terra..."
"Fazendo uma comparação das proezas do coelho que se reproduz em grande quantidade, os humanos já venceram com maior número populacional."
"Segundo a terceira lei de Newton, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
"A cultura mudou, os costumes mudaram, até os dentes dos nossos bisavós eram diferentes, temos dentes a menos."
"FMI, gente que nunca veio aqui e nem sabe o que é sofrer..."
"Após cinco anos de sua introdução à sociedade, havia concluído dois cursos superiores e penetrado na vida política."
"O macaco é descendente do homem."
"O filósofo Nich do início do século já observava que a evolução gerérica teria que ser de forma moderada..."
"Porém o mundo anda em progresso as grandes maioridades das vezes."
"Os maias, por exemplo, pouco se sabe sobre essa civilização, muitos acreditam que eles chegaram a tal ponto evolutivo que transcenderam. Ou mesmo as civilizações dos cristais que ocuparam o planeta há muito tempo atrás e que obtinham todos os seus poderes dos cristais."
"Ainda não se sabe alcerto qual foi..."
"Estamos no apse do mundo digital."
"Tivemos uma longa conversa de cinco minutos..."
"Hoje sou antropófago..."
"Anafaquistão, um país que derrubou as torres e que tem como deus um tal de Bilack..."
coisas com as quais embatuco sem razão (1)
não é por nada não, nem conheço o som dos caras (aliás, só anteontem descobri que não era um, mas vários), mas toda vez que ouço falar em franz ferdinand me dá vontade de acrescentar "collor de mello".
04 março 2006
Associação dos Blocos da Zona Sul critica omissão do Prefeito Cesar Maia
tirei do saite do sindicato. para quem achou que, apesar da paz e da alegria, o carnaval de rua do rio foi caótico.
saldo (retardado) de carnaval
carnaval como há muito não brincava. saldo final:
- uma carteira perdida com todos os documentos no sábado, no bola preta. se não tivesse sido tão legal até estaria mais puto;
- domingo ganhei primeira bolha no dedo de tocar caixa-de-guerra (que naquele estranho estado ao sul do brasil chamam "malacacheta"). daqui há pouco vou me considerar o próprio percussionista;
- terça-feira de carnaval "off", completamente sem voz e com assaduras generalizadas nas coxas e países baixos. nada disso do que vocês, cabeças imundas, estão pensando. tecidos sintéticos e excesso de calor não combinam. a baixa significou bolo no bloco "arocha", da gávea (assim junto mesmo, mas pronuncia-se como se foram duas palavras). outro em que, se forçasse a barra, também tocaria. pena, fica para o ano que vem.
- quarta-feira convalescendo, esperando a apuração dos desfiles que não assisti, assistindo concert for george, recém-baixado.
aliás, sobre o vídeo, preciso registrar: detesto tributos. normalmente as gravadoras reúnem uma porrada de artistas que precisam promover, sem qualquer relação com o homenageado. tipo botar cpm22 para cantar candeia, ou detonautas para tocar no baú do raul. mas no show do george harrison, não. só entrou amigo, mesmo. gente com quem o george tocou e com quem, pode-se dizer, ele até dividiria a mulher - que o eric clapton não me ouça.
and, in the end, dá para se chegar à conclusão que o george harrison é um injustiçado. nem nos beatles ele teve o espaço que mereceu. sua obra manteve sempre uma qualidade uniforme e constante, mesmo as "indianices"conservam frescor -- coisa que não se pode dizer de vários experimentalismos dos anos 60, ou mesmo do trabalho dos coleguinhas lennon e macca, por mais que eu goste do segundo. george harrison é fera, o show é impecável, em diversos momentos arrepia e deixa os olhos cheios d'água. a presença da esposa e do filho (aliás, a cara dele!) reforçam o clima de família. valeu ter ficado em casa.
destaque para beware of darkness, que eu não conhecia, cantada pelo eric clapton. segue a letra:
Watch out now, take care
Beware of falling swingers
Dropping all around you
The pain that often mingles
In your fingertips
Beware of darkness
Watch out now, take care
Beware of the thoughts that linger
Winding up inside your head
The hopelessness around you
In the dead of night
Beware of sadness
It can hit you
It can hurt you
Make you sore and what is more
That is not what you are here for
Watch out now, take care
Beware of soft shoe shufflers
Dancing down the sidewalks
As each unconscious sufferer
Wanders aimlessly
Beware of maya
Watch out now, take care
Beware of greedy leaders
They take you where you should not go
While weeping atlas cedars
They just want to grow, grow and grow
Beware of darkness